Com Aurélio, folha de pagamento de Parauapebas tem maior inchaço da história 641l5q

Vereadora Maquivalda ainda tentou barrar “lei das mamadeiras” para evitar comprometimento das finanças no médio prazo, mas foi vencida. Agora, governo da “equipe técnica” e das contabilidades forasteiras coloca contas públicas em apuro e impõe ameaça ao pagamento em dia do funcionalismo

Continua depois da publicidade 3k2l4

Imagine que você, no ano ado, ganhava R$ 2.688 para sustentar “300 meninos” e ainda tinha de pagar R$ 844 a uma secretária do lar. Veio a crise este ano, derrubou sua renda em quase R$ 100, e você está tendo de se virar nos 30 com R$ 2.593. Mas a secretária do lar ou a cobrar R$ 1.125 pelos serviços dela. Sim: sua renda caiu quase R$ 100, enquanto o gasto com a empregada aumentou em mais de R$ 280. No andar da carruagem, vai chegar um momento em que você vai ter de trabalhar só para pagar a secretária, vai ar necessidade e ainda vai ficar devendo. 6t6u28

É essa a atual realidade da Prefeitura de Parauapebas, sob comando de Aurélio Goiano. Ele colocou tanto puxa-saco na folha de pagamento do município em seus primeiros quatro meses que a despesa com pessoal do Poder Executivo atingiu uma marca nunca antes vista na história da Capital do Minério: R$ 1,125 bilhão para o período de 12 meses corridos. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.

Tem mais: os gastos com salários do funcionalismo não estão levando em conta o fato de que muitos servidores não haviam entrado na folha até o encerramento do primeiro quadrimestre, em 30 de abril, e também não considera o reajuste salarial tampouco o vale-alimentação, este o qual não entra no cálculo de despesa com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ou seja, a despesa potencial com pessoal sob o comando de Aurélio Goiano é muito maior que a maquiagem feita pelo governo dele. As aparências engam.

Tragédia anunciada

As contas públicas de Parauapebas, sob a batuta de Goiano e assessoramento de sua famosa “equipe técnica”, caminham rumo ao colapso. No encerramento do primeiro quadrimestre do ano ado, o Poder Executivo municipal reportou R$ 844,76 milhões em pagamento de despesa com pessoal. De um ano para outro, o município viu a folha aumentar em cerca de R$ 280,95 milhões, o que significa crescimento absurdo de 33,3%.

Sim, houve incremento nominal de um terço do valor da folha, tudo isso impulsionado pelo governo de Goiano, que logo no primeiro mês de gestão protagonizou a bizarrice de criar mais de 600 assessorias especiais e jurídicas para assentar legiões de puxa-saco seus e de vereadores alinhados a sua trágica ideologia de como evaporar o orçamento público em pouco tempo.

A vereadora Maquivalda (PDT) bem que tentou barrar na justiça o ato insano e advertiu que isso custaria muito caro para o município, mas o prefeito Aurélio Goiano, amparado em senso de impunidade sobrenatural, desafiou a justiça, manteve a criação das famosas “mamadeiras” e, para além disso, desfez-se de vínculos temporários vigentes com ingresso por processo seletivo e ou a fazer contratação direta e desmedida de pessoal.

O resultado logo veio: nos primeiros quatro meses deste ano, a folha custou R$ 320,19 milhões, sem contar o vale-alimentação, no que se configura a maior despesa para um primeiro quadrimestre da história de Parauapebas. Inclusive, a folha de fevereiro registrou R$ 92,37 milhões, um recorde para o mês.

Depois do estrago feito, o prefeito faz mea culpa e ameaça suspender e até mesmo cortar direitos de servidores efetivos, numa medida desesperada de reduzir um abacaxi que ele mesmo plantou há cinco meses, nas primeiras horas de seu governo, que é criticado pela população nos quatro cantos de Parauapebas.

Amadorismo técnico

A arrecadação líquida da Capital do Minério caiu de R$ 2,688 bilhões para o período de 12 meses corridos encerrados no primeiro quadrimestre do ano ado para R$ 2,593 bilhões atualmente. A queda parece pequena, de apenas 3,55%, mas quando se leva em consideração a inflação do período, verifica-se que o tombo real foi de 8,7%, uma vez que a receita para o período de 12 meses deveria ter se encerrado em R$ 2,818 bilhões ao final do primeiro quadrimestre deste ano.

Ainda assim, o período de maior retração nas finanças do município são os quatro meses de gestão de Aurélio Goiano. Agora, com os números já consolidados, Parauapebas reportou de janeiro a abril deste ano R$ 771,83 milhões em receita líquida frente a R$ 854,17 milhões no mesmo período de 2024. A queda nominal é da ordem de 9,6%, mas a queda real, considerando-se a inflação, é de 16%, já que a Prefeitura de Parauapebas deveria ter arrecadado, no mínimo, R$ 895,43 milhões este ano — e fracassou.

Os erros grosseiros de dimensionamento de gastos com pessoal e de projeção de receitas do prefeito e de sua “competentíssima” equipe técnica, bem como das contabilidades amadoras contratadas pelo gestor, merecem óscar pelo filme de terror a que estão condenando Parauapebas em tão pouco tempo. E não foi por falta de aviso. Resta ao município ar a mais esse rojão.

6 comentários em “Com Aurélio, folha de pagamento de Parauapebas tem maior inchaço da história” 3l376p

  1. Onilson Bonfim Ferreira Responder

    parauapebas: como já dizia o locutor beneval moreno, terra onde corre rios de leites e ribanceira de cúscuiz!!!

  2. João Batista Responder

    Faz tempo que ouço falar nesse inchaço da prefeitura, mais prá tudo tem jeito, cortar gastos, mandar embora os opositores, contratar com salários menores, demitir quem ganha muito sem render nada,essa é a realidade de quem istra,se não a vaca vai pro brejo.

  3. Jeffeson Thiago Responder

    Brasil/Pará/Parauapebas sem lei (muitas que não valem nada). Ambas regiões ricas, mas corruptas !

  4. Leila Parsifal Responder

    Dói itir, mas começo a temer o futuro como servidora pública neste município. Não somos inimigos — somos aliados em potencial. Só precisamos ser ouvidos e respeitados.

  5. Leila Parsifal Responder

    A folha incha, a arrecadação cai e o servidor é deixado de lado. Criar centenas de cargos comissionados em vez de valorizar quem sustenta a máquina pública é retrocesso. A solução? Reduzir cargos políticos, revisar contratos e priorizar o servidor efetivo. Gestão exige coragem e equilíbrio.

Deixe seu comentárioCancelar resposta 67g5y

Posts relacionados 44145a

Prefeitura de Parauapebas vai pagar restante do 13º nesta sexta-feira 3e1f2a

Prefeitura de Parauapebas pede socorro à Câmara para pagar folha de outubro 4745l

Prefeitura de Parauapebas vai vender novamente folha de pagamento dos servidores 2w6j6r

Receita cai, royalties somem e Prefeitura de Parauapebas vive inferno astral 1e1h36

Saiba o que é notícia na Capital do Minério neste início de semana 3f4j5m

Parauapebas: Servidores irão iniciar novo ano com aumento de 5,97% no vale alimentação 3p6a4w

Prefeitura de Parauapebas vai pagar salário com aumento a partir de janeiro 3d421w

RADAR PARAUAPEBAS: Saiba o que é notícia na Capital do Minério neste início de semana 64n1l

plugins WordPress