Vereador que comprou votos em Ourilândia do Norte (PA) se faz de vítima e diz que ainda será prefeito 5z292s

Irmão Edivaldo (MDB) entregou óculos com câmera para que os aliciados pudessem registrar o voto e provar que votaram nele, pelo pagamento de R$ 200
Vereador Irmão Edivaldo (MDB) disputou a terceira reeleição e conquistou 848 votos, número que o reelegeu com folga, mas sei caso está sob júdice

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Disputando um quarto mandato não consecutivo, o vereador Irmão Edivaldo (MDB), de Ourilândia do Norte (PA), teve seus planos frustrados pelas autoridades, ele foi preso em flagrante, suspeito de compra de votos no dia da votação das eleições municipais do 1º Turno (6 de outubro). A dinâmica adotada pelo parlamentar, que cumpre o terceiro mandato na Câmara Municipal e foi reeleito para mais quatro anos, chamou a atenção dos fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) e da Polícia Civil do Estado. Edivaldo entregou óculos com câmera para que os aliciados pudessem registrar o voto supostamente vendido. 2j20w

De acordo com a investigação da Polícia Civil, os planos do candidato ruíram quando uma mesária suspeitou de eleitores que estavam entrando na cabine de votação com óculos semelhantes. Ela acionou os fiscais e foi detectado que os óculos tinham uma microcâmera embutida e serviria para que eleitores comprovassem voto no candidato.

O vereador vai responder por compra de votos e associação criminosa. O caso foi amplamente noticiado no mesmo domingo da eleição e reexibido pelo programa Fantástico, da TV Globo, no últmo domingo (20). Uma adolescente abordada, após ter votado em Irmão Edivaldo, usando o óculos-espião, disse que recebeu R$ 200,00 pelo voto.

Cumprindo o terceiro mandato, Edivaldo Borges Gomes, de 64 anos, nasceu na cidade de Uruaçu (GO), mas se mudou para Ourilândia do Norte, em 1986. O primeiro mandato como vereador na cidade paraense foi conquistado nas eleições municipais de 2004. Foi eleito com 331 votos.

Em 2008, foi reeleito, com 359 votos. Após dois mandatos consecutivos, tentou se eleger, novamente, em 2016, não atingindo os votos necessários, mas retornou ao parlamento em 2020, quando conseguiu 545 votos.

De acordo com a biografia disponibilizada pelo vereador no site da Câmara Municipal de Ourilândia do Norte, Edivaldo tem como objetivo político chegar ao Executivo municipal. “Pretende continuar na vida publica até chegar no Executivo”, destaca o texto.

Em paralelo à vida pública, Edivaldo é o 1º vice-pastor da Assembleia de Deus, Ministério de Madureira, na cidade paraense.

Eleito para quarto mandato com 848 votos 6t5h3a

Nas eleições municipais deste ano, Edivaldo foi reeleito com 848 votos, em meio a suspeitas de compra de votos. Após ser detido e liberado sob pagamento de fiança, o vereador usou a Câmara para se defender das acusações no dia 11 deste mês: “Respeitem a família, respeitem o cidadão de bem”, bradou, com cara de poucos amigos.

“Eu lamento em dizer que, por mais que você trabalhe, por mais que você tenha um trabalho digno e honrado, existem muitos adversários que procuram fazer o mal para a gente, sem você ter feito mal a ninguém. Eu desafio qualquer cidadão de Ourilândia que prove que eu, vereador Edivaldo, já prejudiquei alguém ou montei alguma ‘casinha’ para qualquer que seja o ser humano. Uma maldade sequer da minha parte”, discursou.

Com a voz embargada, simulando extrema emoção, o vereador Irmão Edivaldo disse que a “Justiça será provada”. “Estou aqui de alma lavada, de consciência tranquila de que não tenho nada a me envergonhar. No momento certo, a Justiça será provada em todos os aspectos e todas as instâncias deste País”, garantiu, utilizando, como é comum em casos semelhantes, em vão, a palavra de Deus.

“Esses ataques não estão atacando só a minha pessoa. Estão atacando a minha família. É uma família digna e respeitada nesta cidade. As pessoas deveriam ter um pouco de hombridade quando começam a atacar as pessoas, sem nenhuma necessidade, simplesmente por atacar e fazer o mal”, afirmou dececionado.

O juramentado vereador, se comprovado o delito, sequer será diplomado, e caso condenado, perderá seus direitos políticos por oito anos.

* Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.

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